quinta-feira, 25 de abril de 2013

ARTIGO DE OPINIÃO: O QUE É E COMO SE FAZ?


GÊNERO ARTIGO DE OPINIÃO


A estrutura de um artigo de opinião

  1. Título (a escolha do título deve ser original atraente e resumir toda a idéia central do texto);
  2. Contextualização e apresentação do tema em discussão (ex. “É condenável a atitude que grande parte da sociedade desempenha no que diz respeito à preservação do meio ambiente”);
  3. Posicionamento ideológico deve vir expresso no primeiro parágrafo;
  4. Explicitação da questão em discussão;
  5. Utilização de argumentos que sustentem a posição assumida;


  6. Utilização de argumentos que refutem a posição contrária;
  7. Retomada da posição assumida ou posicionamento mais enfático;
  8. Proposta ou possibilidade de solução do problema;
  9. Conclusão


Cotas: o justo e o injusto

Lya Luft




"A idéia das cotas reforça conceitos nefastos:
o de que negros são menos capazes e precisam
de um empurrão e o de que a escola pública é
péssima e não tem salvação"

O medo do diferente causa conflitos por toda parte, em circunstâncias as mais variadas. Alguns são embates espantosos, outros são mal-entendidos sutis, mas em tudo existe sofrimento, maldade explícita ou silenciosa perfídia, mágoa, frustração e injustiça. Cresci numa cidadezinha onde as pessoas (as famílias, sobretudo) se dividiam entre católicos e protestantes. Muita dor nasceu disso. Casamentos foram proibidos, convívios prejudicados, vidas podadas.

Hoje, essa diferença nem entra em cogitação quando se formam pares amorosos ou círculos de amigos. Mas, como o mundo anda em círculos ou elipses, neste momento, neste nosso país, muito se fala em uma questão que estimula tristemente a diferença racial e social: as cotas de ingresso em universidades para estudantes negros e/ou saídos de escolas públicas. O tema libera muita verborragia populista e burra, produz frustração e hostilidade. Instiga o preconceito racial e social. Todas as "bondades" dirigidas aos integrantes de alguma minoria, seja de gênero, raça ou condição social, realçam o fato de que eles estão em desvantagem, precisam desse destaque especial porque, devido a algum fator que pode ser de raça, gênero, escolaridade ou outros, não estão no desejado patamar de autonomia e valorização. Que pena.

Nas universidades inicia-se a batalha pelas cotas. Alunos que se saíram bem no vestibular – só quem já teve filhos e netos nessa situação conhece o sacrifício, a disciplina, o estudo e os gastos implicados nisso – são rejeitados em troca de quem se saiu menos bem mas é de origem africana ou vem de escola pública. E os outros? Os pobres brancos, os remediados de origem portuguesa, italiana, polonesa, alemã, ou o que for, cujos pais lutaram duramente para lhes dar casa, saúde, educação?

A idéia das cotas reforça dois conceitos nefastos: o de que negros são menos capazes, e por isso precisam desse empurrão, e o de que a escola pública é péssima e não tem salvação. É uma idéia esquisita, mal pensada e mal executada. Teremos agora famílias brancas e pobres para as quais perderá o sentido lutar para que seus filhos tenham boa escolaridade e consigam entrar numa universidade, porque o lugar deles será concedido a outro. Mais uma vez, relega-se o estudo a qualquer coisa de menor importância.

Lembro-me da fase, há talvez vinte anos ou mais, em que filhos de agricultores que quisessem entrar nas faculdades de agronomia (e veterinária?) ali chegavam através de cotas, pela chamada "lei do boi". Constatou-se, porém, que verdadeiros filhos de agricultores eram em número reduzido. Os beneficiados eram em geral filhos de pais ricos, donos de algum sítio próximo, que com esse recurso acabaram ocupando o lugar de alunos que mereciam, pelo esforço, aplicação, estudo e nota, aquela oportunidade. Muita injustiça assim se cometeu, até que os pais, entrando na Justiça, conseguiram por liminares que seus filhos recebessem o lugar que lhes era devido por direito. Finalmente a lei do boi foi para o brejo.

Nem todos os envolvidos nessa nova lei discriminatória e injusta são responsáveis por esse desmando. Os alunos beneficiados têm todo o direito de reivindicar uma possibilidade que se lhes oferece. Mas o triste é serem massa de manobra para um populismo interesseiro, vítimas de desinformação e de uma visão estreita, que os deixa em má posição. Não entram na universidade por mérito pessoal e pelo apoio da família, mas pelo que o governo, melancolicamente, considera deficiência: a raça ou a escola de onde vieram – esta, aliás, oferecida pelo próprio governo.

Lamento essa trapalhada que prejudica a todos: os que são oficialmente considerados menos capacitados, e por isso recebem o pirulito do favorecimento, e os que ficam chupando o dedo da frustração, não importando os anos de estudo, a batalha dos pais e seu mérito pessoal. Meus pêsames, mais uma vez, à educação brasileira.



Estrutura

  • Título

Argumento 1

  • Parágrafos Argumento 2

Argumento 3

Argumento 4]

  • Conclusão reflixa/ argumento de causa e efeito





  • fase da premissa (em que se propõe uma constatação de partida);
  • fase de apresentação de argumentos;
  • fase de apresentação de contra-argumentos (que podem ser refutados);
  • fase de conclusão (que integra os efeitos dos argumentos e dos contra-argumentos).


TIPOS DE ARGUMENTOS:



  • argumento baseado em citação de autoridade;
  • argumento baseado em estatística;
  • argumento baseado em ironia;
  • argumento baseado fatos históricos;
  • argumento baseado em refutação;
  • argumento baseado causa-efeito/consequência;




Desordem e progresso


Fulano de Tal




É condenável a atitude que grande parte da sociedade desempenha no que diz respeito à preservação do meio ambiente. Apesar dos inúmeros desastres ecológicos que ocorrem com demasiada freqüência, a população continua “cega” e o pior é que essa cegueira é por opção.

Não sou especialista no assunto, mas não é preciso que o seja para perceber que o Planeta não anda bem. Tsunamis, terremotos, derretimento de geleiras, entre outros fenômenos, assustam a população terrestre, principalmente nos países desenvolvidos – maiores poluidores do Planeta – seria isso mera coincidência? Ou talvez a mais clara resposta da natureza contra o descaso com o futuro da Terra?

Acredito na segunda opção. Enquanto o homem imbuído de ganância se empenha numa busca frenética pelo progresso, o tempo passa e a situação adquire proporções alarmantes. Onde está o tal desenvolvimento sustentável que é – ou era – primordial? Sabemos que o progresso é inevitável e indispensável para que uma sociedade se desenvolva e atinja o estágio clímax de suas potencialidades, mas vale a pena conquistar esse progresso às custas da destruição da fauna, da flora, da qualidade de vida que a natureza nos proporciona?

Não podemos continuar cegos diante dessa realidade. Somos seres racionais em pleno exercício de nossas faculdades, não temos o direito de nos destruirmos em troca de cédulas com valores monetários que ironicamente estampam espécies animais em seus versos. Progresso e natureza podem, sim, coexistir, mas para isso, é preciso que nós – população terrestre – nos conscientizemos de nossa responsabilidade sobre o lugar que habitamos e ponhamos em prática o que na teoria parece funcionar.






CEFET-GO -2007


A recente morte do menino João Hélio, de 6 anos, arrastado por um carro depois de um assalto no Rio de Janeiro, reacendeu uma discussão polêmica sobre a redução da maioridade penal no país. Vários crimes bárbaros, como o que vitimou João Hélio, foram cometidos por jovens, em grande parte por menores de 18 anos. Leia a coletânea a seguir e desenvolva uma das propostas textuais sobre o tema:



REDUZIR A MAIORIDADE PENAL NO BRASIL IMPLICARIA REDUZIR A

CRIMINALIDADE JUVENIL?



TEXTO 1

Hoje, ninguém com menos de 12 anos pode ser punido pelo Estado. Dos 12 aos 18, as condenações vão da prestação de serviços comunitários à internação em estabelecimentos educacionais. Nesses casos, os menores devem passar por reavaliações semestrais e podem ficar detidos por até 3 anos. Numa pesquisa mais recente, divulgada em agosto, 84% dos entrevistados disseram ser favoráveis a reduzir para 16 anos a maioridade. A questão obviamente é polêmica, daquelas em que o maior erro é buscar respostas simples. De um lado, afirma-se que a lei não cumpre seu papel de desestimular o crime e ainda provoca distorções no tamanho do castigo. É verdade. De outro, argumenta-se que pôr adolescentes em contato com presidiários só aumentará a periculosidade deles, além de não resolver as questões que levam adolescentes ao crime. Também é verdade.

Na Colômbia, um adolescente só é tratado como adulto após os 18 anos. Na Inglaterra, aos 10. Nos EUA, onde a idade da maioridade varia de estado para estado, 10,9% dos homicídios são cometidos por menores de 18 anos. Moral da história: os países têm legislações diferentes, mas índices de criminalidade juvenil muito parecidos. Sinal de que a lei não tem impacto direto na redução da violência. A violência cometida por jovens é um fenômeno muito real, mas beira a inocência acreditar que a redução da maioridade penal no Brasil possa ser a solução da epidemia nacional de violência. Então é o caso de se perguntar: onde está? Aí mora a charada: como resolver a questão da segurança pública? É preciso acabar com a impunidade generalizada. Melhorar a polícia. Diminuir as desigualdades sociais, fazer o Estado mais presente. Corrigir desvios éticos em toda a sociedade.



(CORDEIRO, Thiago. Qual a idade da maioridade? Superinteressante – Especial, abril de 2007).







TEXTO 2

O aumento da pena não reduz a criminalidade, não dissuade o criminoso. O Brasil já produziu exemplos claros desse ilusionismo. Diante do aumento de crimes como seqüestro ou estupro, veio a lei dos crimes hediondos. O objetivo tinha o equívoco de sempre: reduzir os crimes hediondos ao prever punição mais rigorosa[...]. O que funciona no combate ao crime – e os especialistas já disseram isso inúmeras vezes – não é o tamanho da pena, mas a certeza da punição.

(PETRY, André. Basta só punir. Veja, 21de fevereiro de 2007).



TEXTO 3

Sou totalmente a favor da redução da idade em que o jovem é considerado consciente de seus atos. Drogados ou lúcidos, os meninos começam a roubar e matar, às vezes com requintes de crueldade, aos 12 anos, pouco mais, pouco menos. Se apanhados, nem todos poderão ser reintegrados à sociedade. Voltarão para cometer novos crimes. Quando em outros países a idade mínima é de 14 anos, 12 e até menos, aqui aos 16 podemos mudar o país através do voto, mas se estupramos, matamos, roubamos antes dos 18, pegamos uma leve – e breve – pena em uma instituição que (com raras exceções) reeduca os passíveis de melhoria e deixa os psicopatas mais loucos.[...] Mudar as regras pode não resolver os problemas, trágicos e vastos, da violência, mas há de nos conferir alguma esperança. Acusa-se pela criminalidade juvenil a família, que, às vezes, é apenas vítima, ou a “sociedade”, conceito vago que nos isenta de uma nação enérgica.

(LUFT, Lya.A fábrica de Frankensteins. Veja, 28 de fevereiro de 2007).



TEXTO 4 Jogos de Amarelinha

Ainda brincam de mocinho/ Não mais de caubóis,/ Só assassinos/ Matando a aula/ E muito dos colegas/ Como em colégios / Do primeiro mundo/ Matando a aula/ interrompendo a aula/ Enquanto se divertem/ Clonando um mal./ Melhor, digo pior, do que o real./ Ruído de metralhas/ Dos lábios comprimidos/ Em meio a muita bala/ bala, bala, bala/ Bala, bala, bala/ Pipocando na sala./ Roda pião./ Bamboleia pião./ Cresceram muito/ Em libido e ambição,/ Etílicos sem medo/ Drogados à exaustão/ Seguros/ Em não resistir à tentação/ Prosseguem jogos infantis/ Em outra dimensão./ Nas ruas, nos becos,/ Nos porões, impensáveis,/ São sombras, perfis na sombra./ Agora orgíacos/ Em jogos mais brutais/ Cerceiam, exploram, deformam/ A ferro e fogo legal/ Quem não sabe, não quer,/ Ou não pode/ Decifrar o seu sinal.



(FERNANDES, Millôr. Jogos de amarelinha. Veja, 21/02/2007)



TEXTO 5

O sistema prisional não cumpre nenhuma das tarefas constitucionais para as quais foi criado. Daí vem a pergunta: se ele não funciona para maiores de 18 anos, por que funcionaria para os menores? Baixar a maioridade penal é o mesmo que empurrarmos a juventude precocemente para um cenário de horror, em que prisões superlotadas e práticas de tortura são apenas o início de um relato de pleno desrespeito aos direitos humanos.[...] A vida social requer mais do que lei punitiva: exige solidariedade, fraternidade e igualdade de oportunidade para todos. A violência não se dá por falta de

ações repressoras, mas dá uma perspectiva social mínima à população jovem e excluída desse país.



(OITICIA, Yulo. Justiça ou vingança? Globo on-line, 11/04/2007).



TEXTO 6

MARVIN

E então um dia a forte chuva veio/ E acabou com o trabalho de um ano inteiro/ E aos treze anos de idade eu sentia/Todo o peso do mundo em minhas costas/ Eu queria jogar/ Mas perdi a aposta. Trabalhava feito um burro nos campos/ Só via carne se roubasse um frango/ Meu pai cuidava de toda a família/ Sem perceber, segui a mesma trilha/ Toda noite minha mãe orava. “Deus, era em nome da fome/ Que eu roubava”/ Dez anos passaram, cresceram meus irmãos. E os anjos levaram minha mãe pelas mãos/ Chorei, meu pai disse: “Boa sorte”/ Com a mão no meu ombro/ Em seu leito de morte. “Marvin, agora é só você/ E não vai adiantar/ Chorar vai me fazer sofrer./ Marvin, a vida é pra valer/ Eu fiz o meu melhor/ E o seu destino eu sei de cor”.





(Compositor: R.Dunbar/G.N.Johnson – Versão: Sérgio Britto/Nando Reis, Titãs)

Proposta 2 – Texto de caráter dissertativo – Artigo de opinião

O artigo de opinião é um texto de caráter dissertativo, pois requer de você a apresentação de um ponto de vista ainda que não haja interlocutores explícitos. Escreva um artigo de opinião para um jornal local, discutindo, a partir de fatos mais recentes, a redução da maioridade penal como uma medida eficaz ou não na contenção da criminalidade praticada por jovens, principalmente menores de idade. Lembre-se de que os argumentos e contra-argumentos serão fundamentais para permitir a construção de uma análise crítica dos dados obtidos na coletânea, bem como a interpretação das idéias nela contidas.



Leia o artigo de opinião, de Arnaldo Jabor, abaixo que trata sobre a solidão no mundo contemporâneo e em seguida faça o que é proposto a partir da planilha de constatação:



Estamos com fome de amor

Digam o que disserem, o mal do século é a solidão” Uma vez Renato Russo disse isso com uma sabedoria ímpar. Pretensiosamente digo que assino em baixo sem dúvida alguma. Parem pra notar, os sinais estão batendo em nossa cara todos os dias. Baladas recheadas de garotas lindas, com roupas cada vez mais micros e transparentes, danças e poses em closes ginecológicos, chegam sozinhas e saem sozinhas.

Empresários, advogados, engenheiros que estudaram, trabalharam,alcançaram sucesso profissional e, sozinhos. Tem mulher contratando homem para dançar com elas em bailes, os novíssimos “personal dance”,incrível. Não é só isso não, se fosse, era resolvido fácil, alguém duvida?

Estamos é com carência de passear de mãos dadas, dar e receber carinho sem necessariamente ter que depois mostrar performances dignas de um atleta olímpico, fazer um jantar pra quem você gosta e depois saber que vão “apenas” dormir abraçados, essas coisas simples que perdemos nessa marcha de uma evolução cega. Pode fazer tudo, desde que não interrompa a carreira, a produção.

Tornamo-nos máquinas e agora estamos desesperados por não saber como voltar a “sentir”, só isso, algo tão simples que a cada dia fica tão distante de nós. Quem duvida do que estou dizendo, dá uma olhada no site de relacionamentos ORKUT, o número que comunidades como: “Quero um amor pra vida toda!”, “Eu sou pra casar!” até a desesperançada “Nasci pra ser sozinho!”, unindo milhares, ou melhor milhões de solitários em meio a uma multidão de rostos cada vez mais estranhos, plásticos, quase etéreos e inacessíveis.

Todo mundo quer ter alguém ao seu lado, mas hoje em dia é feio, démodé, brega. Alô gente! Felicidade, amor, todas essas emoções nos fazem parecer ridículos, abobalhados, e daí? Seja ridículo, não seja frustrado. Aquela pessoa que passou hoje por você na rua, talvez nunca mais volte a vê-la, quem sabe ali estivesse a oportunidade de um sorriso à dois.

Quem disse que ser adulto é ser ranzinza, um ditado tibetano diz que se um problema é grande demais, não pense nele e se ele é pequeno demais, pra quê pensar nele. Dá pra ser um homem de negócios e tomar iogurte com o dedo, ou uma advogada de sucesso que adora rir de si mesma por ser estabanada; o que realmente não dá é continuarmos achando que viver é out, que o vento não pode desmanchar o nosso cabelo ou que eu não posso me aventurar a dizer pra alguém: “vamos ter bons e maus momentos e uma hora ou outra, um dos dois ou quem sabe os dois, vão querer pular fora, mas se eu não pedir que fique comigo, tenho certeza de que vou me arrepender pelo resto da vida”. Antes idiota que infeliz!





O gênero artigo de opinião tem por objetivo expressar um ponto de vista unindo o maior número de argumentos possíveis para chocar o leitor do meio de circulação jornalístico. Redija um artigo de opinião, de até 30 linhas sobre o tema consequências da civilização. A frase de efeito final será A nossa civilização é responsável por nossas desgraças. Seríamos mais felizes se a abandonássemos e voltássemos a ser primitivos.



EXEMPLO DE TEXTO

A civilização e suas consequências

"a cada geração nós, seres humanos, somos mais infelizes"

A civilização trouxe muitos avanços, mais também muita infelicidade. Acredito que a civilização trouxe infinitas conseqüências e mudanças a nosso mundo, mas como tudo nessa vida, tem um lado bom e um lado ruim.

Embora tenhamos a nossa disposição todo tipo de oportunidades de estudo, avanços tecnológicos e tudo mais, a cada geração os humanos viram seres mais e mais infelizes. Atualmente procura-se o TER e isso faz pessoas vazias e infelizes, sempre levadas pelo capitalismo, algo que surgiu com o "avanço" da civilização. Psicólogos afirmam que isso ocorre porque somos vistos como maquinas, importando nossa produção e não nossos sentimentos e assim sofremos as conseqüências de algo que nós mesmos criamos.

Lembro-me de quando minha mãe me contava da sua juventude, da liberdade que tinham, de como podiam aproveitar mais a infância. O fato de que agora não tenhamos isso é só uma conseqüência a mais, onde volta a importar só o que estudamos, trabalhamos e produzimos. O resto fica a onde?

Acabamos formando parte de um todo que exige muitas coisas que não nos fazem felizes e que nos desagrada, não aproveitamos como gostaríamos e mesmo assim não podemos dizer "NÃO", pois foi imposto pela sociedade, pela civilização em que vivemos e quem somos nós para contrariar. Por tudo isso, a nossa civilização é responsável por nossas desgraças. Seriamos mais felizes se a abandonássemos e voltássemos a ser primitivos.



Julia Rossinolli Paixão


Um comentário:

  1. Parabéns!!! Por olhar só um lado da história - da relação sobre cotas. Sei que é dificil pra vocês professores, reitores de universidades e amigos do curso conviverem conosco. Entretanto, é notável a diferença de um aluno cotista para um não, apesar disso, o nível de educação e ignorância também não é o mesmo - os pomposos e poderosos estudantes de escolas particulares - um dia um amigo meu o aluno normal jogou um papel na rua, acerdito que nem é preciso completar - é vergonhoso. De outra maneira, estudantes de escolas públicas deveriam estudar em escolas públicas e vice versa ou os do iphone serem cotistas em escolas públicas é claro que com pelo menos 25% das vagas. Aliás sou branco e estudante de escola pública.

    ResponderExcluir