quarta-feira, 10 de abril de 2013

Feliz Aniversário Monteiro Lobato


Em homenagem ao aniversário de Monteiro Lobato e ao Dia Nacional da Literatura Infantil nós do grupo PIBID - Letras da UEM nós gostaríamos de dedicar esta postagem a este brasileiro incomparável, criador de inúmeras historinhas e personagens memoráveis. Obrigado Monteiro Lobato por encantar gerações e por sua imensa contribuição à Literatura brasileira.





Caricatura de Monteiro Lobato

Monteiro Lobato nasceu na noite de 18 de abril em 1882 na cidade de Taubaté, interior de São Paulo. Filho de José Bento Marcondes Lobato e Olímpia Augusta Monteiro Lobato. Criado em um sitio no interior ele foi alfabetizado pela sua mãe Olímpia Augusta e depois por um professor particular. Desde pequeno ele demonstra muito interesse pela leitura e pela literatura. O seu avô, o visconde de Tremembé era um leitor literário e detentor de uma fabulosa biblioteca em sua própria casa. Assim, desde pequeno, o menino Lobato esteve sempre em contato com a literatura e leu tudo o que era adequado para crianças da sua idade em língua portuguesa.

Monteiro Lobato permaneceu quase que toda a sua infância em um sítio do interior paulista. No ambiente familiar era tratado como Juca. Juca teve uma infância repleta de brincadeiras e imaginação que deram margem para as clássicas histórias do sítio. Fazia bonecos e bichos de chuchu, pescarias no ribeirão, atirava como uma espingardinha sempre na companhia de suas irmãs Teca e Judite.

Quando ingressou no Colégio Paulista ele demonstrou grande talento para escrever.  Sob os pseudônimos de Nhô Dito e Josbem  assina suas primeiras publicações: uma crítica à Enciclopédia do Riso e da Galhofa e uma crônica sobre a rotina escolar. Colaborou com jornais da cidade de São Paulo e tornou-se um estudante do Instituto de Ciências e Letras em 1886. Nessa época, Monteiro funda o seu primeiro jornal, o H ² O.

Fez direito. Tornou-se promotor. Casou-se com Maria Pureza da Natividade, neta do doutor Quirino, professor com quem Lobato passava horas jogando xadrez. A moça, também conhecida por Purezinha, foi inspiração a Lobato compor poemas de amor inflamados, porém de pouca beleza estética.
 
 
 

 
Após a morte do avó, o visconde de Tremembé, Lobato se transforma num grande proprietário rural. Em 1991, empenha-se em modernizar as suas propriedades, demonstrando grande talento e espírito empreendedor. Em 1914, ele enfrenta uma grave crise em suas terras. Desenganado, escreve o texto intitulado Velha Praga, no qual pararecem Jeca-Tatu, Chico Marimbondo e Manuel Peroba pela primeira vez.

Jeca-Tatu transforma-se em uma personagem icônica da literatura brasileira em Urupês (1919), citado por Rui Barbosa em discurso no Senado. Comprou uma revista e começou a trabalhar como editor de seus próprios livros. Até então todos os livros no Brasil eram  publicados em Portugal, Lobato cria o movimento editorial brasileiro com a fundação da Companhia Editora Nacional.

Lobato permanece alguns anos nos Estados Unidos como adido comercial brasileiro. Quando regressa ao Brasil, convicto e impulsionado pela necessidade em modernizar e industrializar o país, ele se torna um pioneiro na luta pela exploração do minério de ferro e do petróleo. Promoveu uma acirrada campanha nacionalista que resultou em sua prisão.

Solto após três anos, Lobato dedica-se novamente aos livros. Participa da fundação da Editoria Brasiliense onde publica dezenas de obras e reedita alguns títulos, inclusive da literatura infantil. Lobato teve uma vida bastante intensa: foi romancista, cronista, editor, cartunista, desenhista, tradutor, promotor, fazendeiro, e acima de tudo, um brasileiro notável. Falecido aos 66 anos de idade, este homem deixou sua marca na cultura e na literatura brasileira, sendo reconhecido internacionalmente.

Como escritor ele destaca-se com criador da literatura infantil brasileira. Suas histórias e fábulas ambientadas em o Sítio do Pica-Pau Amarelo. É por isso que, o dia 08 de abril foi escolhido pelo presidente Fernando Henrique Cardorso, em 2002, e instituído pela UNESCO do Brasil.
Obras:



  • O Saci Pererê: resultado de um inquérito (1918)
  • Urupês (1918)
  • Problema vital (1918)
  • Cidades mortas (1919)
  • Ideias de Jeca Tatu (1919)
  • Negrinha (1920)
  • A onda verde (1921)
  • O macaco que se fez homem (1923)
  • Mundo da lua (1923)
  • Contos escolhidos (1923)
  • O garimpeiro do Rio das Garças (1924)
  • O Presidente Negro/O choque (1926)
  • Mr. Slang e o Brasil (1927)
  • Ferro (1931)
  • América (1932)
  • Na antevéspera (1933)
  • Contos leves (1935)
  • O escândalo do petróleo (1936)
  • Contos pesados (1940)
  • O espanto das gentes (1941)
  • Urupês, outros contos e coisas (1943)
  • A barca de Gleyre (1944)
  • Zé Brasil (1947)
  • Prefácios e entrevistas (1947)
  • Literatura do minarete (1948)
  • Conferências, artigos e crônicas (1948)
  • Cartas escolhidas (1948)
  • Críticas e outras notas (1948)
  • Cartas de amor (1948)





  • Coleção Sítio do Pica-Pau Amarelo

    • 1921 - O Saci
    • 1922 - Fábulas
    • 1927 - As aventuras de Hans Staden
    • 1930 - Peter Pan
    • 1931 - Reinações de Narizinho
    • 1932 - Viagem ao céu
    • 1933 - Caçadas de Pedrinho
    • 1933 - História do mundo para as crianças
    • 1934 - Emília no país da gramática
    • 1935 - Aritmética da Emília
    • 1935 - Geografia de Dona Benta
    • 1935 - História das invenções
    • 1936 - Dom Quixote das crianças
    • 1936 - Memórias da Emília
    • 1937 - Serões de Dona Benta
    • 1937 - O poço do Visconde
    • 1937 - Histórias de Tia Nastácia
    • 1939 - O Picapau Amarelo
    • 1939 - O minotauro
    • 1941 - A reforma da natureza
    • 1942 - A chave do tamanho
    • 1944 - Os doze trabalhos de Hércules (dois volumes)
    • 1947 - Histórias diversas
    Outras Obras:



  • 1920 - A menina do narizinho arrebitado
  • 1921 - Fábulas de Narizinho
  • 1921 - Narizinho arrebitado (incluído em Reinações de Narizinho)
  • 1922 - O marquês de Rabicó (incluído em Reinações de Narizinho)
  • 1924 - A caçada da onça
  • 1924 - Jeca Tatuzinho
  • 1924 - O noivado de Narizinho (incluído em Reinações de Narizinho, com o nome de O casamento de Narizinho)
  • 1928 - Aventuras do príncipe (incluído em Reinações de Narizinho)
  • 1928 - O Gato Félix (incluído em Reinações de Narizinho)
  • 1928 - A cara de coruja (incluído em Reinações de Narizinho)
  • 1929 - O irmão de Pinóquio (incluído em Reinações de Narizinho)
  • 1929 - O circo de escavalinho (incluído em "Reinações de Narizinho, com o nome O circo de cavalinhos)
  • 1930 - A pena de papagaio (incluído em Reinações de Narizinho)
  • 1931 - O pó de pirlimpimpim (incluído em Reinações de Narizinho)
  • 1933 - Novas reinações de Narizinho
  • 1938 - O museu da Emília (peça de teatro, incluída no livro Histórias diversas)

  • SAIBA MAIS:

    Monteiro Lobato permaneceu quase que toda a sua infância em um sítio do interior paulista. No ambiente familiar era tratado como Juca. Juca teve uma infância repleta de brincadeiras e imaginação que deram margem para as clássicas histórias do sítio.

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