Afonso Henriques de Lima Barreto, nasceu na cidade
de Rio de Janeiro, em 13 de maio de 1881 (RJ - 11/1922), foi, além de
jornalista, está na lista dos mais importantes escritores brasileiros.
Era filho de João Henriques de Lima Barreto (negro
nascido escravo mas que já estava liberto e exercia a profissão de tipógrafo) e
de Amália Augusta ( filha de escrava agregada da família Pereira Carvalho,
porém livre, atuava como professora). Sendo que a proclamação da lei áurea
ocorreu apenas em 1988, embora tenha nascido livre e não tenha sido escravo,
enfrentou vários preconceitos por ser mestiço/mulato.
Seu pai aprendeu a profissão no Imperial Instituto Artístico, que imprimia o periódico "A semana ilustrada". A sua mãe foi educada com bastante esforço, sendo professora da 1ª à 4ª séries, ela faleceu quando ele tinha apenas 6 anos e João Henriques, seu pai, trabalhou muito para sustentar a ele e seus irmãos. João Henriques era monarquista, ligado ao visconde de ouro preto, que era padrinho do futuro escritor.
Seu pai aprendeu a profissão no Imperial Instituto Artístico, que imprimia o periódico "A semana ilustrada". A sua mãe foi educada com bastante esforço, sendo professora da 1ª à 4ª séries, ela faleceu quando ele tinha apenas 6 anos e João Henriques, seu pai, trabalhou muito para sustentar a ele e seus irmãos. João Henriques era monarquista, ligado ao visconde de ouro preto, que era padrinho do futuro escritor.
Lima Barreto, que era apadrinhado pelo visconde, ingressa na Escola
Politécnica em 1897, mas, reprovado continuamente em diversas matérias e
obrigado a sustentar os irmãos, por conta dos problemas psiquiátricos do pai,
abandona os estudos. Em 1903, por meio de um concurso público, inicia carreira
no setor burocrático da Secretaria de Guerra e também sua intensa colaboração
com a imprensa do Rio de Janeiro, publicando artigos e crônicas em periódicos
como Correio da Manhã, Jornal do Comercio e A Gazeta da Tarde.
Com amigos
literatos, funda e dirige a revista Floreal, que tem apenas dois números.
Estreia como romancista no ano de 1909, com a publicação de Recordações do
Escrivão Isaías Caminha. Já em 1911, em formato de folhetim, nas páginas do
Jornal do Comercio, publica Triste Fim de Policarpo Quaresma, que se torna sua
obra mais célebre, editada em livro apenas quatro anos depois. Por essa época
já são agudas as crises do escritor relacionadas ao alcoolismo e à depressão
que provocam sua primeira internação no hospício, em 1914. De volta à atividade
literária, em 1916, passa a colaborar em periódicos de viés socialista. Apesar
de sua simpatia ao anarquismo, seus textos de teor político são também publicados
na imprensa tradicional.
Quatro anos após a primeira internação, seus
problemas de saúde persistem e Lima Barreto aposenta-se, por invalidez, do
cargo na Secretaria de Guerra. No ano seguinte, 1919, é publicado seu romance
Vida e Morte de M.J. Gonzaga de Sá. Os períodos de internação no hospício
resultam na composição de diversos diários e no romance inacabado O Cemitério
dos Vivos, que tem trechos publicados em 1921, mesmo ano em que o autor
apresenta sua terceira candidatura à Academia Brasileira de Letras (nas duas
tentativas anteriores, é preterido; nesta última, o próprio escritor desiste
antes das eleições). Com a saúde cada vez mais debilitada, Lima Barreto falece
no dia primeiro do mês de novembro de 1922, em decorrência de um colapso
cardíaco. Muitos dos seus escritos, tais como O Cemitério dos Vivos, Diário
Íntimo e parte da correspondência pessoal, são publicados postumamente.1948 -
Clara dos Anjos (póstumo)1953 - Diário Íntimo.
OBRAS:
1911 - O homem que sabia javanês
1915 - Numa e a ninfa
1920 - Histórias e Sonhos
1923 - Bagatelas
1948 - Clara dos Anjos (póstumo)
1953 - Diário Íntimo
1953 - Feiras e Mafuás
1953 - Marginália
1956 - Cemitério dos Vivos (póstumo e inacabado)
1956 - Coisas do Reino de Jambom
1956 - Impressões de Leitura
1956 - Vida Urbana
1956 - Correspondência, Ativa e passiva (2 tomos)
Texto adaptado de www.itaucultural.org.br
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